Desce bucolismo, invade o ardor em meu peito que tanto queima pelo sol. Sustentai meu corpo quando essa chuva cair, quero manter-me firme. Ondas de pudor me acertam, me puxam, me levam e me afundam. Deixe-me puxar teu queixo, nuvem, dê-me um copo d'água e um pouco de calor.
Não quero teus livros. Não quero unir outra vez as sílabas que entregou-me em forma de sussurros. Doem. Encantam. Instigam. Iludem. Venha, calçada, deixe-me caminhar por tua cabeça, pertença e esteja aos meus pés.
Desce bucolismo, pois agora a chuva já está caindo, já uni as sílabas e matei minha sede. Mas não é o suficiente. E os trovões? E os desastres? Vamos, por favor. Exteriorize. Porque eu cansei de ver fenômenos apenas dentro de mim.
Rafaela Menezes
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