Não há quem entenda minhas maneiras tortas, meus motivos tolos e minha boca porta. Meus medos vazios, as noites e os dias, os meus arrepios. Ninguém compreende minhas águas salgadas, porque não as seco, porque as afago. E ainda há quem diga que eu estou errada, pelos motivos errados e certa feita concordei.
Meus poços são escuros, pareciam rasos, mas me afoguei. E os pedaços de bolhas que continham meu ar, foram subindo até meus olhos se fecharem.
Alguma mão irá me erguer? Ou erguerão os cantos dos lábios para me amparar? Então, por favor, pegue a minha chave. Abrirei a porta. Nada aqui em minha vida está emperrado.
Rafaela Menezes
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.